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🌅 Capítulo 1 – A Cidade Onde o Sol Se Esconde
READING AGE 18+
Matheus Martins
Romance
ABSTRACT
O carro parou com um suspiro do motor velho, bem em frente à casa azul de portão branco descascado. Clara observou pela janela embaçada o que seria seu novo lar pelos próximos meses — ou talvez anos, ninguém sabia ao certo.Era estranho pensar que só três dias antes ela estava cercada de buzinas, metrôs e festas que duravam até de madrugada. Agora, estava em Miramar, uma cidadezinha de praias calmas e céu que parecia maior que o mundo. Depois da separação dos pais e um boletim cheio de notas vermelhas, sua mãe decidiu que era hora de Clara "recomeçar" — fosse lá o que isso significasse — com a avó Heloísa, uma senhorinha de sorriso gentil e olhos que enxergavam tudo.— Bem-vinda ao paraíso esquecido, meu amor — disse a avó, abraçando Clara com força. — Aqui o tempo passa mais devagar, mas o coração bate do mesmo jeito.No dia seguinte, Clara acordou com o som das ondas. Era cedo, mas algo nela a empurrou para fora da cama. Vestiu um moletom fino e foi andando até a praia com um café em mãos. O céu tinha tons de rosa e laranja, e o mar era uma aquarela calma.Ela tirou os tênis, caminhando descalça na areia fria. E foi ali que viu ele.Um garoto de uns 18 anos, pele dourada de sol, cabelo castanho claro desgrenhado pelo vento e uma prancha azul ao lado. Ele estava sentado, de costas, observando o horizonte como quem guardava segredos.Clara tentou passar direto, mas ele virou no exato momento em que ela cruzava por trás.— Você é nova aqui — ele disse, sem tirar os olhos do mar.Ela parou, surpresa por ele ter notado.— É tão óbvio assim?— Você tem cara de cidade grande… e tá usando moletom na praia — ele sorriu, apontando para as mangas puxadas até as mãos.Clara riu pela primeira vez em dias.— Sou Clara.— Luan — ele respondeu, levantando-se e pegando a prancha. — Vai querer ver o nascer do sol de verdade? Fica melhor lá da pedra dos pescadores. Eu te mostro.Ela hesitou. Mas havia algo no jeito dele — leve, confiante, sem pressão — que fazia parecer seguro. E mesmo sem saber por quê, ela disse:— Tá bom.E ali, entre o céu que acordava e as ondas que sussurravam segredos, Clara começou a escrever uma nova história.Uma história que ela não fazia ideia de como terminaria, mas que já começava com o sol nascendo... e um garoto de olhos curiosos.
O carro parou com um suspiro do motor velho, bem em frente à casa azul de portão branco descascado. Clara observou pela janela embaçada o que seria seu novo lar pelos próximos meses — ou talvez anos, ninguém sabia ao certo.Era estranho pensar que só três dias antes ela estava cercada de buzinas, metrôs e festas que duravam até de madrugada. Agora, estava em Miramar, uma cidadezinha de praias calmas e céu que parecia maior que o mundo. Depois da separação dos pais e um boletim cheio de notas vermelhas, sua mãe decidiu que era hora de Clara "recomeçar" — fosse lá o que isso significasse — com a avó Heloísa, uma senhorinha de sorriso gentil e olhos que enxergavam tudo.— Bem-vinda ao paraíso esquecido, meu amor — disse a avó, abraçando Clara com força. — Aqui o tempo passa mais devagar, mas o coração bate do mesmo jeito.No dia seguinte, Clara acordou com o som das ondas. Era cedo, mas algo nela a empurrou para fora da cama. Vestiu um moletom fino e foi andando até a praia com um café em mãos. O céu tinha tons de rosa e laranja, e o mar era uma aquarela calma.Ela tirou os tênis, caminhando descalça na areia fria. E foi ali que viu ele.Um garoto de uns 18 anos, pele dourada de sol, cabelo castanho claro desgrenhado pelo vento e uma prancha azul ao lado. Ele estava sentado, de costas, observando o horizonte como quem guardava segredos.Clara tentou passar direto, mas ele virou no exato momento em que ela cruzava por trás.— Você é nova aqui — ele disse, sem tirar os olhos do mar.Ela parou, surpresa por ele ter notado.— É tão óbvio assim?— Você tem cara de cidade grande… e tá usando moletom na praia — ele sorriu, apontando para as mangas puxadas até as mãos.Clara riu pela primeira vez em dias.— Sou Clara.— Luan — ele respondeu, levantando-se e pegando a prancha. — Vai querer ver o nascer do sol de verdade? Fica melhor lá da pedra dos pescadores. Eu te mostro.Ela hesitou. Mas havia algo no jeito dele — leve, confiante, sem pressão — que fazia parecer seguro. E mesmo sem saber por quê, ela disse:— Tá bom.E ali, entre o céu que acordava e as ondas que sussurravam segredos, Clara começou a escrever uma nova história.Uma história que ela não fazia ideia de como terminaria, mas que já começava com o sol nascendo... e um garoto de olhos curiosos.
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O carro parou com um suspiro do motor velho, bem em frente à casa azul de portão branco descascado. Clara observou pela janela embaçada o que seria seu novo lar pelos próximos meses — ou talvez anos, ninguém sabia ao certo.Era estranho pensar que só três dias antes ela estava cercada de buzinas, metrôs e festas que duravam até de madrugada. Agora, estava em Miramar, uma cidadezinha de praias calmas e céu que parecia maior que o mundo. Depoi